O QUE É?
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que, na maioria dos casos, acomete pessoas com mais de 60 anos de idade, porém, a partir dos 35 anos, alguns sintomas já podem ser manifestados.
No mundo, 15 milhões de pessoas têm Alzheimer. No Brasil, 6% da população com mais de 60 anos de idade possuem o Mal de Alzheimer, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).
SINTOMAS
Inicialmente, é normal o paciente com Alzheimer sofrer com perda de memória, esquecendo coisas simples como nomes de pessoas, locais em que guardou objetos, números de telefones, etc. Durante esta fase, o paciente pode até lembrar com exatidão de fatos que aconteceram em seu passado, mas não consegue recordar quando aconteceu. O Alzheimer também causa declínio das funções intelectuais, diminuindo a capacidade de trabalho e de relações sociais, interferindo no comportamento e na personalidade.
Com a progressão da doença, o paciente começa a manifestar dificuldades de aprendizado, problemas de atenção, dificuldades de orientação e compreensão, como também complicações ligadas à fala (propriedades de linguagem).
Um dos maiores problemas causados pela doença de Alzheimer é a redução da capacidade de discernimento, isto é, o paciente não consegue entender a consequência de seus atos, não manifestar a sua vontade, não desenvolver raciocínio lógico devido à lapsos de memória, o que colabora para a falta da capacidade de se comunicar, o que impossibilita que outras pessoas o compreendam. Por conta desses fatores, a lei considera o indivíduo com Alzheimer civilmente incapaz.
Em alguns casos, o paciente pode ter incontinência fecal e intensificação de comportamento inadequado. Dependendo do estágio da doença, a capacidade de locomoção também pode ser comprometida, e o paciente passa a precisar de auxílio para caminhar.
As causas do Alzheimer ainda são desconhecidas. Cientistas já conseguiram identificar um componente genético do problema, só que estão longe de uma solução.
TERAPIA OCUPACIONAL
A medicina já encontrou algumas maneiras de garantir uma melhor qualidade de vida para pacientes de diferentes estágios do Alzheimer. Os tratamentos dividem-se em farmacológicos – no qual são realizados por meio de prescrições de substâncias e medicações para o tratamento da demência – e tratamentos não farmacológicos – fundamentados em atividades que estimulam a capacidade cognitiva, física e social.
Uma das indicações de especialistas é a terapia ocupacional, a qual traz benefícios tanto neurológicos como também melhorias na coordenação, força muscular, equilíbrio e flexibilidade do paciente.
Por meio da terapia ocupacional o paciente desenvolve capacidade de desenvolver atividades diárias como cuidados de higiene pessoal, alimentar-se, vestir-se, dentre outros. Dessa maneira, o paciente se torna mais ativo e o mais independente possível.
Algumas pesquisas apontam que a terapia, como também a fisioterapia, colabora para que a doença tenha uma evolução mais lenta. Outras vantagens deste tipo de tratamento é a melhora na percepção sensorial e impedimento da evolução do declínio funcional.
DICA DE FILME: Para Sempre Alice (Still Allice)
O filme conta a história de Alice Howland (Julianne Moore), uma renomada professora de linguística que após ser diagnosticada com Alzheimer tem sua vida totalmente modificada. No início, Alice começa a se perder pelas ruas de Manhattan, depois a doença passa a afetar o relacionamento dela com sua família (marido e três filhos). O filme é dirigido por Richard Glatzer e Wash Westmoreland.