A endometriose ocorre quando a mucosa que reveste a parede interna do útero, o endométrio, cresce em outras regiões do corpo, geralmente, na região pélvica, fora do útero, nos ovários, intestino, reto, bexiga, e na membrana que reveste a pélvis, ou ainda em outras partes do corpo. Todos os meses, os ovários produzem hormônios que estimulam o endométrio a se preparar para receber um óvulo fertilizado. A mucosa cresce ficando mais espessa. Quando isso acontece dentro do útero, as células endometriais são liberadas durante a menstruação, mas se acontece fora do útero, não são liberadas, permanecem no lugar e são estimuladas no ciclo seguinte. Esse problema é comum e, provavelmente, começa com a menstruação regular. Apesar de as causas não serem conhecidas com exatidão, os médicos apontam possíveis motivos para a doença:
– Menstruação retrógrada: acontece quando o sangue da menstruação volta pelas trompas e cavidade pélvica, quando deveria sair do corpo da mulher. Esse sangue fica alojado nas paredes dos órgãos localizados na região pélvica, e crescem.
– Crescimento de células embrionárias: quando as células que revestem o intestino convertem-se em tecido endometrial, pode ocorrer a endometriose.
– Sistema imunológico deficiente: quando o corpo se torna incapaz de reconhecer células endometriais que estão no lugar errado e destruí-las.
– Outras causas: cirurgias podem ser fatores de desenvolvimento de endometriose quando as células do endométrio se prendem às incisões cirúrgicas, ou, quando o sistema linfático leva células do endométrio para outras partes do corpo causando endometriose em locais como, por exemplo, o pulmão.
Fatores de risco
– Casos de endometriose em parentes próximos conferem 6 vezes mais chance de desenvolve-la.
– Primeira menstruação muito cedo
– Não ter filhos
– Ciclos menstruais frequentes
– Menstruações com duração de sete dias ou mais
– Hímen não perfurado, que impede a saída do sangue da menstruação
– Anormalidades no útero
Sintomas
– Dor pélvica, quase sempre associada ao ciclo menstrual, que aumenta conforme o tempo.
– Dor no baixo abdômen ou cólicas uma ou duas semanas antes da menstruação
– Dores nas relações sexuais com penetração
– Dor ao urinar e evacuar
– Sangramento excessivo durante os períodos menstruais
– Infertilidade
– Cansaço
– Diarreia
– Náusea
Por outro lado, a mulher pode não apresentar sintomas. O tratamento pode ser feito com medicamentos para controlar a dor, anticoncepcionais, ou cirurgia, dependendo da gravidade do caso, da idade e do desejo da mulher de ter filhos ou não.
Em todo caso, é importante ter sempre o acompanhamento de um médico e não se tratar por conta própria. Dor excessiva durante o período menstrual não é normal.
Fonte: Minha Vida