A síndrome ou transtorno do pânico é uma doença que acontece repentinamente, de forma inesperada e inexplicável. São crises de ansiedade aguda, em que a pessoa sente muito medo e desespero e também sintomas físicos e emocionais aterrorizantes. Os sintomas atingem sua a máxima intensidade em dez minutos.
Durante o ataque de pânico, a pessoa tem uma forte sensação de que vai morrer ou de que vai enlouquecer.
Não há idade para o início das crises, geralmente ocorre na adolescência ou início da vida adulta, sem um motivo aparente. A crise pode acontecer também durante o sono.
A frequência das crises é aleatória, pode repetir-se no mesmo dia ou demorar semanas, meses e anos para ocorrer novamente, o que pode causar mais ansiedade ainda e desencadear outras fobias.
Risco
O transtorno afeta mais as mulheres que os homens, devido às flutuações hormonais que deixam as estruturas cerebrais mais sensíveis.
Sintomas
A pessoa pode sentir:
- Medo de morrer;
- Medo de perder o controle de si e enlouquecer;
- Impressão de desligamento do mundo exterior, como fosse um sonho. E falta de capacidade de diferenciar a realidade da fantasia.
- Dor e/ou desconforto no peito, podendo ser confundidos com infarto;
- Palpitações e taquicardia;
- Falta de ar e de sufocamento;
- Asfixia;
- Sudorese;
- Náusea ou desconforto abdominal;
- Tontura ou vertigem;
- Ondas de calor e calafrios;
- Adormecimento e formigamentos;
- Tremores, abalos e estremecimentos.
Pessoas que tem síndrome do pânico frequentemente também apresentam depressão.
Causas
Não há uma causa definida, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais, estresse, uso acentuado de alguns medicamentos (as anfetaminas, por exemplo), drogas e álcool, podem ter relação com a síndrome do pânico.
Diagnóstico
Para se ter o diagnóstico de síndrome do pânico, as crises precisam ser recorrentes e provocando mudanças de comportamento que afetem o estilo de vida da pessoa de forma negativa.
É muito importante investigar outras doenças com sintomas semelhantes, como ataques cardíacos, hipertireoidismo, hipoglicemia e a epilepsia, por exemplo.
Tratamento
O tratamento é feito com medicamentos antidepressivos (tricíclicos ou de nova geração), e psicoterapia, especialmente a psicoterapia cognitivo-comportamental.
Recomendações
É importante diferenciar a ansiedade normal do transtorno de ansiedade.
A ansiedade patológica, é uma reação desproporcional ao estímulo que a desencadeia, causa sofrimento, muda o comportamento e prejudica as atividades do dia-a-dia da pessoa;
Praticar exercícios físicos ajudam.
Não se automedicar, nem consumir álcool ou outras drogas para aliviar o pânico.
Procurar assistência médica. O psiquiatra pode ajudar. A síndrome do pânico é uma doença como as outras e para que o tratamento seja bem-sucedido é importante um diagnóstico precoce.
Fonte: Drauzio Varella